Se a gente pudesse, quem sabe, Parar o Tempo. Voltar no Tempo. Faria tudo igual ou diferente? No Porto, à beira do Douro, senti este desejo e rabisquei este Poema.
Poema ao Tempo.
I Ninguém esquece o tempo. Aquele que a vida nos deu. Dos encontros marcados ou perdidos. Da vida certa na sua promessa. Das pequenas promessas gravadas para sempre. Dos olhares que penetraram a alma.
II De onde vem o tempo. Que se estende tão comprido quanto um rio. Que devaneia corações e almas. Que perturba o alquimista em suas misturas. Que maravilha o sentido da vida. Que bate de dentro para fora nos sonhadores.
III Um dia o tempo acaba. Quem sabe no ciclo da vida que vai e vem. No recolher e despertar dos pássaros que se repetem. No olhar sem fim dos apaixonados. No coração de quem amou mais do que devia. Na eternidade esquecida onde se encontram as saudades.